Olá amores, hoje vim falar sobre um tema que tem sido muito abordado nos últimos tempos, o vazio existencial entre jovens, muito tem se falado sobre a sensação de perda de tempo, ansiedade e depressão que vem afetando cada vez mais pessoas, principalmente os adolescentes e jovens em geral.
Essa semana, teve uma reportagem no programa Fantástico, onde afirmam que hoje os jovens se preocupam mais em ganharem dinheiro do que em serem felizes e realizados profissionalmente. Hoje em dia as pessoas têm deixado seus sonhos de lado para entrar no mercado de trabalho, a maioria dos jovens saem do ensino médio sem saber o que querem estudar e até mesmo se querem fazer alguma faculdade, logo são influenciados a procurar algo que lhes dê dinheiro, ou seja estabilidade financeira é a prioridade.
Os pais são os principais culpados nisso, muitas vezes acham que estão fazendo o que é certo e que estão querendo o melhor para os filhos, mas não é exatamente assim, a pressão em cima dos filhos pode desencadear uma série de problemas, entre eles a ansiedade. Eu mesma já passei por isso, tenho ansiedade, refluxo, dispepsia e gastrite nervosa (problemas estomacais), em 2015 quando estava no 3º ano do Ensino Médio, passei por uma crise seríssima que começou um dia antes do Enem, acordei com muita dor no estômago, não conseguia comer nada, passei o dia vomitando e me sentindo mal, até que fui para o hospital ficar no soro e o médico disse que inconscientemente eu estava muito nervosa, no outro dia fui fazer o Enem tomando remédios. Isso foi bem triste, pois acho que ninguém deveria ficar mal assim por causa de uma prova, infelizmente sou assim e venho tentando mudar a cada dia.
Além de todos esses fatores, como faculdade, pressão dos pais e desemprego, ainda tem as redes sociais para causar ansiedade e vazio existencial nas pessoas. Quem nunca se sentiu mal por pensar que todos tem uma vida feliz, vendo fotos de amigos nas redes socais ? Pois é, as redes sociais estão cheias de falsidade, lá todos parecem ser felizes e ter uma vida sem problemas. Quando entro no Instagram por exemplo, só vejo pessoas viajando e aproveitando a vida, ainda mais nessa época de férias, não acho errado, mas pra mim ver isso o tempo todo é deprimente, ainda mais por saber que eu não tenho condições de ter uma vida assim.
Acredito que as redes sociais, são sim uma das maiores culpadas por essas coisas que acontecem, ainda mais que a maioria das pessoas que usam são jovens e eles acabam sendo as principais vítimas de tudo isso. De acordo com uma pesquisa feita no Reino Unido, o Instagram é considerado a pior rede social para a saúde mental dos jovens, e isso reforça ainda mais o que eu disse acima. Também essa semana, um tweet do youtuber Victor Meyniel causou um grande alvoroço no Twitter, inclusive esse tweet foi a inspiração para mim começar esse post, confira!
A partir desse tweet, surgiram uma série de respostas e indagações sobre a sensação de perda de tempo, e muitas pessoas começaram a dizer que também se sentem assim, inclusive eu. Peguei algumas respostas para vocês terem uma noção...
Bom, fui atrás de saber melhor o que é "FOMO - Fear of Missing Out" e descobri que é o medo de ficar por fora das redes sociais, o medo de ver as pessoas tendo experiências novas e você não, o que gera um vício em entrar e sair de várias redes... Achei interessante e pretendo procurar mais sobre esse síndrome e quem sabe fazer um post só falando disso.
Continuando nosso assunto, estava aqui pesquisando e encontrei uma informação importante, uma pesquisa dizendo que 1 em cada 3 adolescentes no Brasil sofrem de algum transtorno mental, fiquei chocada ao saber disso porém não é surpresa pra ninguém, pois há muito tempo venho observando que problemas como ansiedade, depressão entre outros vem afetando muita gente, eu diria que uma geração inteira tem passado por esses problemas. Quando converso com meus amigos, familiares e conhecidos, percebo que estamos todos no mesmo barco e acredito que esses problemas são o mal do século. A pesquisa feita no Brasil mostra que 30% dos adolescentes entre 12 e 17 anos têm transtornos mentais, sendo 38% meninas e 21% meninos, o ápice dos problemas ocorre aos 17 anos, justamente a idade em que estamos saindo do ensino médio e descobrindo a vida.
Acho que com esse post descobri muito mais coisas do que podia imaginar, não sabia que tanta gente sofria desses problemas, e agora pretendo ajudar cada vez mais as pessoas com isso. Vou começar aqui mesmo, minha primeira dica é pra você que está de férias e não tem muito o que fazer, vá ler um livro, ir ao cinema ou até mesmo ajudar na faxina da casa, não perca todo seu dia na internet há não ser que seja para pesquisar e aprender coisas interessantes. Saia de casa, visite seus avós, vá ao shopping ou simplesmente saia sem rumo nem que seja para tomar um sorvete. Não acorde tarde e nem durma muito tarde, é difícil eu sei, mas é muito melhor pra saúde e disposição acordar cedo. Para vocês que terminaram os estudos e querem uma ocupação, foi criado um grupo no Facebook que fala disso, o 6 MESES NA PRÁTICA #6MP, ele foi criado para orientar jovens que acabaram de se formar e estão descobrindo coisas novas, vale muito a pena participar.
Referências para esse post: Geração que não vive sem tecnologia vive hoje na hiper-realidade
É isso me contem o que acharam do post e se vocês também passam por coisas assim, a tag Papo Reto aqui do grupo é para falar de assuntos sérios, me digam o que querem ler aqui... Beijos e até a próxima!!
16 comentários
Consigo compreender totalmente essa situação. Se eu tivesse recebido apoio para minhas "habilidades" desde sempre hoje eu teria um rumo diferente. Desenhava muito bem, aprendi a tocar vários instrumentos sozinho, cantava, pintava, gostava de ler e escrever. Infelizmente para meus pais a questão era só passar no colégio e fazer faculdade. Todas as outras coisas que queria fazer simplesmente foram reprimidas e não tive apoio algum. Não consigo culpar exatamente meus pais, pois sei que é o "jeito antigo". Pelo menos acredito que o futuro possa ser melhor já que, se eu tiver filhos vou apoiar todas as habilidades e facilidades que apresentar. Quando sai do colégio realmente não tive como pensar no que fazer, apenas tive que entrar em uma faculdade. Entrei em Biologia apenas por ser a matéria mais fácil pra mim na escola. Óbvio que não deu certo. Depois entrei em Sistemas para Internet por "gostar de computadores" e não deu certo também. Acabei me formando em Publicidade e Propaganda apenas por ligar alguns pontos como gostar de filmar, editar, fotografar e etc. Infelizmente, mesmo formado me sinto um fracasso. Não consigo ver rumos, não consigo ver felicidade no meu futuro. Em paralelo a isso eu tenho Misofonia (hipersensibilidade auditiva, aversão a determinados sons) e o suicídio já me rodeou várias vezes. Sem prospecção! Não há como fugir e só tende a piorar já que não existe uma cura definitiva. Meus pensamentos são de afastamento, fugir, ir para o Alaska e me isolar. Não gosto de tirar fotos minhas, selfies, não curto nada, não compartilho nada, não tenho uma vida digital. O dia inteiro vivo com fone de ouvido e barulho de chuva. Quando chega a noite posso descansar mas não sei exatamente o que é conforto. Entendo que existe milhões de pessoas com problemas piores que o meu, mas cada um precisa resolver da forma que precisa e infelizmente não sei como resolver os meus. Por mais que eu queira mudar, é difícil. Antigamente eu julgava os suicidas e hoje os entendo...
ResponderExcluirOlá, entendo esse negócio dos pais não apoiarem, eu ao contrário de você, quando criança não era muito "ativa", era muito tímida e já apresentava sinais de ansiedade, infelizmente meus pais não percebiam isso, e quando eu tentava algo e não dava certo acabava desistindo e meus pais meio que me incentivavam a desistir... Acredito também que se um dia tiver filhos farei o possível e o impossível para que tenham uma vida diferente, quero que eles vivam de verdade, aprendam coisas e que quebrem a cara, porque isso faz parte, não quero ser uma mãe super protetora como meus pais são... Acho que entendo como você se sente, as vezes me sinto assim, me isolo e da vontade de sumir do mapa, mas não sinto isso o tempo todo, fico oscilando entre tristeza e alegria o tempo todo. É uma pena você ter tentado fazer algumas faculdades e mesmo depois de formado ainda não se sentir bem, também faço publicidade mas no fundo quero mesmo é ser atriz. Fico muito triste com a ganância das pessoas quando o assunto é faculdade, na sociedade em que vivemos parece que é obrigatório fazer faculdade para ser feliz e bem sucedido, assim como se casar e ter filhos. As pessoas deveriam investir só no que gostam, então acho que você deveria voltar a tocar instrumentos, cantar etc. Te desejo muita luz, boa sorte!!
ExcluirOlá..Parabéns pelo blog e pelos assuntos mele abordados..
ResponderExcluirVocê quer uma parceria?Seja a troca a link ou guest post.
Infelizmente eu tenho TAG (transtorno de ansiedade generalizada) e os piores problemas com relação a isso começaram no fim do Ensino Médio. Atualmente, já com 24 anos, eu ainda tomo remédios para controlar a ansiedade e depressão.
ResponderExcluirAcredito que os jovens são mais suscetíveis a crises existenciais, porém, esse sentimento de tempo perdido e medo do futuro é normal independente da idade, por que o mundo é a nossa própria pressão. Infelizmente nossas vidas se resumem a trabalhar e pagar contas. Parece que a vida passa e nós não estamos fazendo nada de útil.
Amei o seu post e as informações que nos trouxe.
Beijo, www.apenasleiteepimenta.com.br
Concordo com o que disse, obrigada por amar o post *3*
ExcluirEu devo ter esse FOMO aí. Entro toda hora nas redes sociais e ainda me sinto culpada se perco algo importante. Acho que a gente tem que buscar o equilíbrio. Isso tem me ajudado nas crises de ansiedade. As vezes eu fico desesperada porque quero fazer um milhão de coisas e não dou conta. E me sinto mal em ter 22 anos sendo sustentada pelos meus pais.
ResponderExcluirEntendo perfeitamente, também estou atrás de equilíbrio e me sinto mal por ainda estar sendo sustentada pelos pais, mas o negócio e manter a calma e o foco nas coisas positivas...
ExcluirAs vezes também acabo pensando nisso, pois tenho 18 anos, acabei de me formar e estou prestes a fazer um curso.. mas sabe quando você sente que falta algo ? penso assim as vezes.. mas também sei que temos muita vida pela frente e felicidade e realização é não é só por coisas materiais ou valores, devemos se sentir realizadas por ter ganho mais um dia de vida !
ResponderExcluirDisse tudo, essa época pós ensino médio é sempre muito tensa mas o jeito é pensar que no fim tudo dará certo. Como você mesma disse ainda temos muito o que viver e o importante é estar bem consigo mesma...
ExcluirAcho que todos acabam se identificando,pois queremos muitas vezes sermos exemplos e não somos preparados a aceitar o fracasso, o que nos dá essa sensação e impotência... Tenho 32 anos e ainda tenho muitas duvidas e nada realizado grandemente!! Mas Deus sabe de todas as coisas, viver um dia de cada vez!
ResponderExcluirSim, todos somos usados como exemplo pois aprendemos a viver uma vida de comparações, estamos sempre nos comparando e tentando provar que somos bons em algo, isso tudo faz com que o fracasso nos doa muito mais porque não estamos preparados. Como voce disse o jeito é viver um dia de cada vez...
ExcluirMuito bacana você falar de assuntos tão importante como esse, acho que me peguei "tendo crise" de FOMO, querendo ou não acompanhar pessoas que já tem tudo nos faz nos sentir pra baixo por que não conseguimos chegar a onde eles estão, alguns chamam isso de inveja, mas quando isso afeta no seu dia a dia já chamada síndrome de FOMO, curioso pensar que as redes sociais seriam para nos aproximar de pessoas diferentes e agora nos "destruir" com a tal "vida perfeita". Muito bacana o post. Beijos!
ResponderExcluirExatamente, a gente acaba ficando obcecado vendo as outras pessoas serem felizes e querendo ser como elas que acabamos ficando até doentes pensando que nossa vida é infeliz... Muito obrigada pelo elogio! ^^
ExcluirOi
ResponderExcluirTenho 24 anos, quase 35, sofro de ansiedade desde os 16. Meus pais são do tipo que apoiam e pressionam sem nem perceber. Hoje não moro com eles. Moro com o pai do meu filho. A sensação de não estar produzindo nada continua. Sempre sinto que poderia estar fazendo mais do que realmente estou fazendo. O que é uma merda, porque quanto mais penso nisso, menos faço.
Vidas em Preto e Branco
Oi, Isabel. Parabéns pelo blog. Tô amando.
ResponderExcluirBom, eu já desativei muitas vezes o insta, porque sentia que me fazia mal, não só ele, mas o facebook também(mas este, com bem menos frequência).
1 - O insta comprovava para mim a cada instante como sou feia, desinteressante e pobre... kkk
2 - o facebook fazia o mesmo, mas no face uma vez eu quis mudar meu nome no face, como uma forma de, sei lá... "uma nova fase" e isso me fez pensar " Por que não posso mudar por mim mesma? Para que mudar o nome no facebook? Por que isso é tão importante? "
As redes sociais realmente nos influenciam muito e infelizmente nos fazem muito mal, é preciso ter um psicológico muito forte.
https://leticia-trindade.blogspot.com.br/
Eu sempre fui muito apaixonada pelo instagram mas não soube usá-lo, então passei dias tentando ganhar seguidores e likes, sem falar que vê os stories das outras pessoas me deixava mal e ansiosa, porque eu via todo mundo se divertindo e eu lá na minha vida desinteressante como você disse kkkkkk. Hoje em dia, eu uso o insta só de vez em quando, posto coisas que eu quero, não me preocupo com likes e mal vejo stories kkkkk
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